"O eu é feito de pedaços do outro. Tudo é do outro. Escutar é permitir a presença do outro. O aluno que eu escuto vem morar em mim. A presença do outro me completa."
(Bartolomeu Campos de Queirós)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A pedagogia para além dos confrontos

   Este artigo escrito por Maria Amélia Santoro Franco e publicado no site Pedago Brasil - o futuro de planeta em suas mãos, é de extrema importância para nós pedagogos, pois ressalta a importância da Pedagogia  e sua real função.
   Coloquei aqui somente uma parte do texto. Para lê-lo na íntegra acesse o site:
   http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/apedagogiaparaalem.htm
(...)
"O que pode e deve ser a pedagogia hoje 

É preciso refletir sobre o que pode e deve ser a Pedagogia hoje : deve ser, por certo, a ciência que organiza ações, reflexões e pesquisas na direção das principais demandas educacionais brasileiras contemporâneas, com vistas à:
- qualificação da formação de docentes como um projeto político-emancipatório;
- organização do campo de conhecimento sobre a educação, na ótica do pedagógico;
- articulação científica da teoria educacional com prática educativa;
- transformação dos espaços potenciais educacionais em espaços educativos/formadores;
- qualificação do exercício da prática educativa na intencionalidade de diminuir práticas alienantes, injustas e excludentes encaminhando a sociedade para processos humanizatórios , formativos e emancipatórios.
Quando me refiro à formação do cientista educacional, estou me referindo à formação de um profissional :
- com capacidade de mediar um projeto político-educacional em consonância com os pressupostos da sociedade e as demandas presentes na práxis educativa;
- capacitado a ampliar a esfera do educativo dentro das possibilidades educacionais : que organize espaços e ações para pedagogizar o educacional latente na sociedade;
- capaz de organizar, supervisionar e avaliar processos institucionais de forma a transformar a prática educativa mecânica, alienada e técnica, em práxis educativa, comprometida social e politicamente;
- capaz de responsabilizar-se na organização e direção de projetos de formação inicial e contínua dos educadores da sociedade, docentes e não docentes;
- que transforme saberes da prática educativa em saberes pedagógicos, cientificizando o artesanal/intuitivo do fazer da prática em saberes pedagógicos;
- que organize processos de pesquisa de cunho formativo-emancipatório de forma a estruturar as inovações educativas pressentidas como necessárias, a partir das demandas emanadas da práxis;
- que atue como gestor/pesquisador/coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola: pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONGs; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas campanhas sociais educativas sobre violência, drogas, aids, dengue; que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto estudo, programas de educação à distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins;
- que na escola, seja o mediador de processos administrativos e pedagógicos, quer na gestão, supervisão, orientação, acompanhamento e avaliação de projeto político pedagógico da unidade escolar, bem como estabelecendo e articulando as vinculações da escola com a comunidade e sociedade.
- que seja o organizador privilegiado do campo de conhecimento da Pedagogia e interlocutor preferencial nas articulações e construções coletivas com ciências afins;
- profissional empenhado na busca de respostas à construção de práticas educativas inovadoras que cumpram seu papel social na humanização dos cidadãos;
- integrador dos demais espaços educativos com o espaço escolar na busca de uma nova lógica educacional capaz de reconduzir a representação de ensino como transmissão de informação para concepções que priorizem a articulação dialética entre ser, saber e construir novas configurações de existência;
- profissional enfim, envolvido com a construção da profissionalidade docente, na busca de condições políticas e institucionais favorecedoras de novas e significativas relações sociais desejadas pelo coletivo.
Como já me expressei, o curso de Pedagogia pode, mantendo a mesma denominação, ser um curso exclusivo de formação de docentes, e terá que enfrentar o desafio de absorver as diversas abrangências desta formação: docentes para toda a educação básica, docentes para adultos, docentes para educação à distância, entre algumas possibilidades.
Esse curso de Pedagogia, no entanto, poderia, à semelhança de um curso de engenharia[4], integrar diferentes especificidades, amarradas ao específico do pedagógico, qual seja a investigação da práxis, quer seja a práxis docente, ou a práxis escolar, ou a práxis pedagógica.
Assim poderemos considerar :
A Faculdade de Pedagogia poderia se estruturar em torno de diferentes cursos :
- Curso de Pedagogia Docente, para a formação do pedagogo docente, abrangendo prioritariamente a formação de docentes para educação infantil, educação fundamental e devendo em cursos paralelos formar docentes de áreas específicas de conteúdo;
- Curso de Pedagogia Escolar, que buscando superar a fragmentação imposta aos especialistas da educação, deveria formar o pedagogo escolar, com foco no sistema escolar, na escola, nos processos de planejamento e gestão das mesmas.
- Curso de Pedagogia Investigativa , que buscará formar o pedagogo stricto sensu, cientista educacional por excelência, com foco voltado à compreensão e cientificização das práticas educativas sociais, aí incluídas, prioritariamente, a prática docente e a escolar.
Os diferentes cursos dentro de uma mesma faculdade deverão manter processos de interformação, alimentando-se mutuamente, recriando-se e transformando-se mutuamente.
Essa é uma proposta, que procura caminhar para além dos confrontos e de forma coerente com a epistemologia da Pedagogia, tal qual a concebo, e que está mais detalhada em minha tese de doutorado, Franco (2001). Esta proposta também procura superar o confronto de excessos de conteúdos fragmentados em uma mesma formação.
Uma das convicções que tenho construído em mais de 25 anos de trabalho com os cursos de Pedagogia é a de que, se pretendemos bem formar o docente, que denomino agora de pedagogo docente, devo aprofundar essa formação, na especificidade do saber construir a práxis docente, com vistas a um profissional realmente compromissado, autônomo, pesquisador. Assim, esse curso não poderá ter outra intencionalidade, sob pena de superficializar essa intenção e descaracterizar a proposta inicial. Formar o pedagogo docente é uma tarefa muito complexa, que exige um curso todo, com pelo menos 3200 horas e quatro anos de integralização, com diferentes espaços e atividades pedagógicas se entrecruzando num processo de contínua e permanente autoformação.
O mesmo deve ser considerado na proposta de formar o pedagogo escolar e o pedagogo stricto-sensu.
Realço que o pedagogo escolar há que ter uma formação ampla, com foco voltado ao sistema escolar e não apenas às fragmentadas atividades de especialistas da educação conforme temos convivido há anos. Esse profissional deverá se aprofundar nas questões de planejamento e avaliação dos sistemas escolares, em consultorias de avaliação às escolas, em redirecionamento de perfis escolares, assim como nas funções de gestão e planejamento da nova e pretendida ecologia escolar. Considero essa formação tão complexa quanto a anterior, requerendo também o mesmo tempo mínimo de formação.
O pedagogo stricto-sensu, terá seus estudos mais voltados à questão da práxis pedagógica, como aqui a descrevo, será um pesquisador da realidade educativa, dos processos de inovação das práticas educativas, um intelectual mediador do projeto político educacional. Também um curso complexo que requer o mesmo mínimo de tempo de formação que os demais.
Outros modelos, novos cursos, novas propostas poderão surgir. Hoje vejo assim uma forma de revigorar a formação pedagógica abrangendo algumas de suas mais básicas especificidades e demonstrando que, apesar da descrença de muitos legisladores, o curso de pedagogia tem uma profunda e complexa especificidade. Seu conteúdo conceitual não pode ser tratado de forma apequenada ou superficial. Mas tem que ser enfrentado com o pensamento complexo, ousado e transformador. Nossa sociedade clama, espera e aguarda por dias melhores. Os pedagogos têm muito a fazer nesta direção, é preciso apenas tirar o pó de nossas reflexões e, ousadamente, reinventar nossa profissão" . (...)







Obrigada, Senhor!

Senhor, obrigada por estar conosco todos os dias nos dando um abraço carinhoso e protetor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Obrigada, Professor (a)!!

Celular: Inimigo ou aliado?

Experiências boas nós compartilhamos!


por: Marina Azaredo
                       Trecho de um dos vídeos produzidos pelos alunos

O celular tira a concentração dos alunos e atrapalha as aulas? Certamente a maioria dos professores diria que sim. Mas Lina Mendes, professora de Português do Colégio Ítaca, em São Paulo, resolveu transformar o celular num aliado. Ao trabalhar a questão do preconceito, ela pediu que os alunos fizessem vídeos sobre o tema utilizando as câmeras dos celulares. Em uma conversa por telefone hoje à tarde, Lina me contou um pouco dessa experiência:

“Sempre procurei aliar a tecnologia à Educação. Fiz mestrado nessa área e, desde que comecei a lecionar, uso ferramentas como blogs e podcasts. A minha experiência mais recente foi com vídeos. Além de Português, dou uma disciplina que se chama Panoramas, em que trabalho temas da atualidade que fazem os alunos refletirem. No segundo bimestre desse ano, abordei o preconceito e pedi que os alunos do 9º ano usassem a câmera do celular para fazer vídeos sobre o tema.
Eles fizeram trabalhos bem interessantes. Muitos fizeram entrevistas com pessoas que conheciam e que já tinham sofrido preconceito, outros produziram vídeos bem autorais. Eles puderam usar também trechos de vídeos que já estão disponíveis no YouTube.
Para editar, eles usaram o Windows MovieMaker, programa que já vem junto com o Windows. Como eles têm muita facilidade com a tecnologia, com poucas orientações aprenderam a usar o programa. A maioria fez o trabalho em casa, mas alguns preferiram usar o laboratório de informática da escola. No fim, criamos dois blogs para divulgar os trabalhos: o Preconceito – Panoramas e o Vídeos de Preconceito.
Foi uma experiência ótima e que certamente pretendo repetir. Os alunos se interessaram muito, pois eles se sentiram participando do processo. Continuo usando a lousa e o giz, mas é muito importante trazer o mundo do aluno para dentro da escola também.”

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gestão Escolar

PEDAGOGIA

Quem assume o fracasso escolar?

É obrigação do gestor escolar garantir que os estudantes aprendam. Será que ele conhece e desempenha essa tarefa com responsabilidade?


Foto: Getty Images
Foto: diretor de escola
(...)
A rotina de todo diretor é marcada pela variedade de atividades. Ao chegar à escola, o que ele planejou fazer naquele dia geralmente se perde em meio às emergências que surgem de todos os cantos. O telhado mal vedado, a falta de um professor, o acidente de um aluno, o recurso que não chegou. Tudo o obriga a reorganizar o plano de trabalho, sem poder adiar ou cancelar, é claro, as prestações de contas, as reuniões na Secretaria de Educação e a visita dos familiares dos alunos. Assim, as funções primordiais do cargo vão se perdendo e correm o risco de cair no esquecimento. Aliás, quais são elas mesmo?

Uma pesquisa feita pela Fundação Victor Civita (FVC), em parceria com o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), constatou que o dia a dia do gestor é mais marcado por essas tarefas do que pelo que seriam as três principais preocupações inerentes ao cargo:
  • dirigir a relação entre ensino e aprendizagem; 
  • orientar para o saber; 
  • gerenciar o conhecimento.
Se a escola é o lugar formal do conhecimento, onde se formam o trabalhador de amanhã, o leitor e o escritor competente e o indivíduo ético, nada mais óbvio que a instituição tenha de ser bem gerida em todos os aspectos para funcionar com êxito. Porém a falta de uma visão integrada entre o administrativo e o pedagógico leva os diretores a outro equívoco, também apontado no estudo: nenhum dos gestores entrevistados atribui a si próprio a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos. Há outros fatores que também espantam. Eles creditam a culpa pelos resultados ruins das escolas, no que diz respeito à aprendizagem, ao governo (48%), à comunidade (16%), aos professores (13%), aos alunos (9%) e até mesmo à escola (7%) - como se a instituição fosse um elemento independente de suas esferas constituintes.

Com isso, fica evidente que eles ainda desconhecem sua máxima obrigação e resumem sua atuação à burocracia. Mesmo que existam os coordenadores pedagógicos e as universidades e as Secretarias de Educação colaborem com o processo de formação em serviço dos docentes, a responsabilidade pelo desempenho insatisfatório dos alunos é do gestor. Durante as entrevistas da pesquisa, eles só assumem que a aprendizagem também os compete quando questionados diretamente sobre ela. Para que a direção da escola fosse citada (e ainda assim pouco responsabilizada) pelos entrevistados, foi preciso que os pesquisadores perguntassem a todos quem era mais responsável pelo aprendizado dos alunos. Assim, eles apontaram, em primeiro lugar, a comunidade (45%). Depois, os professores (42%), os alunos (29%) e só então a direção (26%) - esses e outros resultados são o tema da reportagem de capa da revista GESTÃO ESCOLAR de outubro/novembro. Os porcentuais indicam com clareza que os diretores acham que os alunos têm mais responsabilidade que eles se não aprendem. Assumem a tarefa, mas não o fracasso dela.

É como se o mundo da Educação vivesse o mesmo problema que recai sobre a seleção brasileira de futebol em época de Copa do Mundo. Todos se sentem técnicos e julgam ter as melhores estratégias para vencer um jogo. Mas ninguém se sente culpado quando a derrota ocorre e o problema fica no ar, sem autor. Por isso, o governo aparece na pesquisa como o primeiro responsável pelo fracasso: é uma estrutura impessoal, etérea, fluida, que funciona como se não tivesse sido eleita por ninguém.

O diretor não está sozinho nesse pensamento equivocado. Todos nós temos uma porção de responsabilidade. Ainda assim, é urgente o entendimento de que o gestor que não assume a tarefa de garantir a aprendizagem das crianças não compreende seu papel.

Fernando José de Almeida (gestao@abril.com.br) é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.

Educar para crescer




O site educar para crescer disponibiliza cartazes para você usar nas suas reuniões de pais, professores e alunos.
São cartazes bem interessantes. Aproveite acessando o site: www.educarparacrescer.abril.com.br





terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nunca abandone seus amigos...


Vi no Blog Professor Texto e me emocionei. Vejam e sintam...

"Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão." Provérbios 17:17

Criança, A Alma do Negócio



Excelente vídeo para refletir e reavaliar o comportamento.Do blog Professor Texto

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Parabéns, Professor(a)! II

Eu sou um professor.


Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.

Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade, a partir do nada no planalto brasileiro.

Os nomes daqueles que exerceram minha profissão, constituem uma galeria notável para a humanidade: Paulo Freire, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.

Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão sempre lembrados nas realizações dos que educaram.

Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos...

No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador, tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, substituto de pai e mãe...

Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir a minha voz. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.Eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial...

Sou o mais afortunado dos trabalhadores.Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.Um arquiteto sabe que se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade sua obra com certeza durará para sempre.

Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, a criatividade, a fé, o amor, o riso.

E assim tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos meus dias com futuro. Sou um professor... E agradeço a Deus por isso, todos os dias.

Felicidades pela passagem do DIA DO PROFESSOR.

(Texto de John Schlatter, adaptado por Guiomar de Mello)

sábado, 9 de outubro de 2010

A riqueza imensurável do “ser” criança


"É impressionante como o conviver com crianças nos leva muitas vezes a lembrar de quão belo é ser criança e de como elas se aventuram nas coisas e situações da vida com todo entusiasmo, sem medo de errar. Amam, choram, caem, sorriem, são amigas, brigam e fazem as pazes rapidamente, pois o ser criança implica em ser “livre” para demonstrar esses e tantos outros sentimentos e ações. Criança é criança e ponto!
Aqui no Instituto Canção Nova, a área da Fundação João Paulo II voltada à educação infantil, a valorização dessa fase é primordial e faz toda a diferença na formação do futuro adolescente, do jovem, do homem ou mulher. E essa preocupação nos ajuda a tocar em tudo o que ela exige. É uma fase de cuidados e descobertas, para cada criança e para cada educador. Quem trabalha com crianças lida com o “novo” e com o “desprender-se” todos os dias. Entender sentimentos e ações é simples. O desafio é amar e demonstrar esse amor. E muitas vezes nós, educadores, premidos pelas responsabilidades do dia a dia, nos distanciamos dessa pureza e decisão de amar.
A atividade educacional vai além do cotidiano escolar, estendendo-se a atividades nos finais de semana e inserindo o educador diretamente na vida e família de cada aluno. É uma missão envolvente, de grandes descobertas e de riqueza incalculável. Passam os anos, as turmas se renovam, mas o espírito de dedicação e de mútuo aprendizado é sempre o mesmo. O educador sempre ganha com as crianças a oportunidade de resgatar em si mesmo a “criança” que com o tempo acaba adormecida, impedindo o adulto de ser verdadeiro como os pequenos.
A atividade educacional vai além do cotidiano escolar, estendendo-se a atividades nos finais de semana e inserindo o educador diretamente na vida e família de cada aluno. É uma missão envolvente, de grandes descobertas e de riqueza incalculável. Passam os anos, as turmas se renovam, mas o espírito de dedicação e de mútuo aprendizado é sempre o mesmo. O educador sempre ganha com as crianças a oportunidade de resgatar em si mesmo a “criança” que com o tempo acaba adormecida, impedindo o adulto de ser verdadeiro como os pequenos.
Houve uma mulher em nossa sociedade que foi e é referência para o Brasil e o mundo no que diz respeito à busca do entender e respeitar a criança como um todo. E sempre sem olhar onde, como e a quem serviu. Bastava ser uma criança e lá estavam ela e aqueles que com ela acreditavam na ajuda real, afetiva e concreta aos pequeninos. Zilda Arns Neumann, arrancada de nosso convívio durante um terremoto no Haiti, é o nome dessa mulher. Como médica, ensinou a educadores e pais o respeito e o amor pelas crianças, vistas como “um todo” em formação. Isso fez e faz a diferença.
Comemoramos o Dia da Criança, mas precisamos comemorar diariamente o dom da vida de uma criança, que se traduz na sua liberdade e simplicidade. As crianças carregam a mais bela forma de amar e o ato de construí-las é um dos mais nobres gestos de amor. Portanto, quando formos comemorar ou pensar na criança, olhemos mais que brinquedos ou travessuras, olhemos o belo presente que é ter uma criança perto de nós. Amor, atenção, educação, saúde e respeito são bons presentes para esses pequenos que se tornarão grandes homens e grandes mulheres, a exemplo da nossa querida Zilda Arns. "

Texto de Shirleya Nunes de Santana, diretora do Instituto Canção Nova – Unidade 2 da Rede de Desenvolvimento Social da Canção Nova.