"O eu é feito de pedaços do outro. Tudo é do outro. Escutar é permitir a presença do outro. O aluno que eu escuto vem morar em mim. A presença do outro me completa."
(Bartolomeu Campos de Queirós)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Celular: Inimigo ou aliado?

Experiências boas nós compartilhamos!


por: Marina Azaredo
                       Trecho de um dos vídeos produzidos pelos alunos

O celular tira a concentração dos alunos e atrapalha as aulas? Certamente a maioria dos professores diria que sim. Mas Lina Mendes, professora de Português do Colégio Ítaca, em São Paulo, resolveu transformar o celular num aliado. Ao trabalhar a questão do preconceito, ela pediu que os alunos fizessem vídeos sobre o tema utilizando as câmeras dos celulares. Em uma conversa por telefone hoje à tarde, Lina me contou um pouco dessa experiência:

“Sempre procurei aliar a tecnologia à Educação. Fiz mestrado nessa área e, desde que comecei a lecionar, uso ferramentas como blogs e podcasts. A minha experiência mais recente foi com vídeos. Além de Português, dou uma disciplina que se chama Panoramas, em que trabalho temas da atualidade que fazem os alunos refletirem. No segundo bimestre desse ano, abordei o preconceito e pedi que os alunos do 9º ano usassem a câmera do celular para fazer vídeos sobre o tema.
Eles fizeram trabalhos bem interessantes. Muitos fizeram entrevistas com pessoas que conheciam e que já tinham sofrido preconceito, outros produziram vídeos bem autorais. Eles puderam usar também trechos de vídeos que já estão disponíveis no YouTube.
Para editar, eles usaram o Windows MovieMaker, programa que já vem junto com o Windows. Como eles têm muita facilidade com a tecnologia, com poucas orientações aprenderam a usar o programa. A maioria fez o trabalho em casa, mas alguns preferiram usar o laboratório de informática da escola. No fim, criamos dois blogs para divulgar os trabalhos: o Preconceito – Panoramas e o Vídeos de Preconceito.
Foi uma experiência ótima e que certamente pretendo repetir. Os alunos se interessaram muito, pois eles se sentiram participando do processo. Continuo usando a lousa e o giz, mas é muito importante trazer o mundo do aluno para dentro da escola também.”

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