O Conselho Nacional de Educação (CNE) estuda a implantação de
diretrizes que desenvolvam as competências socioemocionais na educação
básica. Essas competências, também chamadas de não cognitivas, estão
relacionadas a características como capacidade de resolver desafios,
inovar, trabalhar em equipe, liderar, entre outras habilidades.
Estudos apontam que tais competências impactam no desempenho dos estudantes nas sala de aula. O CNE é um órgão normativo ligado do Ministério da Educação que recomenda diretrizes para a construção dos currículos da educação básica. Segundo o conselheiro Francisco Cordão, o debate sobre as competências socioemocionais começou em outubro do ano passado na Câmara da Educação Básica e deve continuar até o fim deste ano.
Estudos apontam que tais competências impactam no desempenho dos estudantes nas sala de aula. O CNE é um órgão normativo ligado do Ministério da Educação que recomenda diretrizes para a construção dos currículos da educação básica. Segundo o conselheiro Francisco Cordão, o debate sobre as competências socioemocionais começou em outubro do ano passado na Câmara da Educação Básica e deve continuar até o fim deste ano.
"É uma discussão bastante rica, vamos retomar o debate com os novos
conselheiros que serão nomeados e a partir daí vamos tirar o parecer
conclusivo", diz Cordão, que participou de um encontro sobre o tema
promovido pelo Instituto Ayrton Senna, em São Paulo, nesta terça-feira
(9). Segundo ele, o parecer e resolução das diretrizes das competências
socioemocionais vão dialogar com as já existentes desde 2010, que
definiram as diretrizes gerais para a educação básica e específicas para
o ensino fundamental de nove anos, o ensino médio e o ensino
profissionalizante de nível médio.
Os conselheiros se reúnem sempre na primeira semana de cada mês. No próximo encontro, em outubro, segundo Cordão, deve haver a posse dos novos conselheiros – cinco dos 12 estão com o mandato vencido, mas dois deles ainda podem participar de uma nova gestão. Por isso, a discussão deverá ser retomada com os novos integrantes e a expectativa é que o tema seja abordado nos encontros de novembro e dezembro.
Os conselheiros se reúnem sempre na primeira semana de cada mês. No próximo encontro, em outubro, segundo Cordão, deve haver a posse dos novos conselheiros – cinco dos 12 estão com o mandato vencido, mas dois deles ainda podem participar de uma nova gestão. Por isso, a discussão deverá ser retomada com os novos integrantes e a expectativa é que o tema seja abordado nos encontros de novembro e dezembro.
Para Cordão, é importante que as competências socioemocionais sejam
desenvolvidas de maneira interdisciplinar e contextualizada na educação.
“Sempre que se fala em desenvolvimento de competência, supõe sempre a
capacidade de decidir, corrigir, fazer, resolver desafios, conviver com o
inusitado. É nessa perspectiva que se trabalha o desenvolvimento das
competências.” O conselheiro condena o desenvolvimento dessas
habilidades dentro, por exemplo, de uma disciplina isolada na grade
curricular de uma escola. Para ele, esta é uma ação cultural que deve
ser pensada de maneira global.
Segundo Anita Abed, psicóloga e consultora que preparou um estudo
encomendado pela Unesco sobre o tema em 2013, um dos requisitos para que
diretrizes voltadas às competências emocionais sejam aplicadas nas
escolas é a formação de professores. "Formação inicial, formação
continuada e formação em serviço", explicou ela, afirmando que o
embasamento por trás dos conceitos é teórico, mas o treinamento dos
professores deve ser prático e contemplar os projetos pedagógicos da
própria escola onde trabalham os docentes.
Bem estar dos alunos no Canadá
Fora do país, o desenvolvimento de competências socioemocionais na educação já é realidade, como no distrito de Ottawa-Carleton, no Canadá, que integrou as competências socioemocionais ao seu currículo oficial. Jennifer Adams, educadora que dirige o distrito, que tem cerca de 70 mil alunos disse que, desde 2009, faz parte do projeto pedagógico das escolas "expandir o papel da educação pública para promover também o bem estar dos alunos".
Jennifer afirma que todos os anos os diretores das escolas precisam elaborar planos de como vão garantir esse bem estar nos aspectos físico, psicoemocionais e cognitivos. No ano letivo que começou na semana passada, o desafio dos professores e gestores tem como tema o sentimento de "pertencer". "Toda e qualquer criança que entra pela porta da escola deve sentir que pertence àquele local", explicou ela.
Fora do país, o desenvolvimento de competências socioemocionais na educação já é realidade, como no distrito de Ottawa-Carleton, no Canadá, que integrou as competências socioemocionais ao seu currículo oficial. Jennifer Adams, educadora que dirige o distrito, que tem cerca de 70 mil alunos disse que, desde 2009, faz parte do projeto pedagógico das escolas "expandir o papel da educação pública para promover também o bem estar dos alunos".
Jennifer afirma que todos os anos os diretores das escolas precisam elaborar planos de como vão garantir esse bem estar nos aspectos físico, psicoemocionais e cognitivos. No ano letivo que começou na semana passada, o desafio dos professores e gestores tem como tema o sentimento de "pertencer". "Toda e qualquer criança que entra pela porta da escola deve sentir que pertence àquele local", explicou ela.
(...)
Fonte:http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/09/cne-estuda-implantar-competencias-socioemocionais-no-curriculo-escolar.html
As
competências socioemocionais incluem um conjunto de comportamentos e
sentimentos individuais como uma espécie de padrão constante ou
tendência de responder de determinada forma em determinados contextos e
situações cotidianas, como ao gerenciar as próprias emoções ou tentar
atingir um objetivo. Em geral, essas competências podem ser divididas em
cinco domínios: Conscienciosidade (expressa em atitudes de
responsabilidade, persistência, resiliência e outras), Abertura a novas
experiências (presente em comportamentos de curiosidade, criatividade,
não ter medo de errar, etc.), Amabilidade (presente em cooperação, por
exemplo), Estabilidade emocional (na capacidade de autocontrole e
outras) e Extroversão (como sociabilidade). Em todos esses domínios
também está presente o chamado Lócus de controle, que é a forma como o
indivíduo atribui seu desempenho a si próprio ou a terceiros (incluindo
seu autoconceito e motivação, por exemplo).
Como revelam pesquisas científicas nas áreas de psicologia e
economia da educação, habilidades socioemocionais são tão importantes
quanto as cognitivas (avaliadas por testes de inteligência e
conhecimento acadêmico) para a obtenção de bons resultados na escola, e
tão ou mais importantes que elas para o sucesso no trabalho e na vida.
Por essa razão, formuladores de políticas públicas vêm demonstrando
interesse crescente em incorporar ferramentas para a sua avaliação aos
esquemas tradicionais de monitoramento escolar. Com o atual projeto, o
IAS busca subsidiar a formulação de políticas públicas nessa área e
oferecer aos educadores mais instrumentos para acompanhar essa dimensão
desde sempre abordada nas escolas.
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