"O eu é feito de pedaços do outro. Tudo é do outro. Escutar é permitir a presença do outro. O aluno que eu escuto vem morar em mim. A presença do outro me completa."
(Bartolomeu Campos de Queirós)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nada é impossível...

 
 
"Algo só é impossível até que
alguém duvide ou prove o contrário."
(Albert Einstein)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Presença obrigatória!?

Nas salas de aula não existe presença obrigatória

Nenhum aluno fica em classe se não estiver interessado. Pode até estar lá, sentado, para não ter falta. Mas seu coração e mente não estão presentes, só seu corpo. Problema do professor? Claro que grande parte dos mestres pensa que desinteresse de alunos não é seu problema, e lhes basta ter a consciência tranquila de estar cumprindo o programa de sua disciplina.
A questão não é simples. Uma série de fatores presentes na atualidade fez surgir agora uma geração que contesta o sistema como nunca acontecera antes. Penso que não se trata de uma degenerescência social, mas do produto do cruzamento entre a era da comunicação, agora com a internet, com o ímpeto do desejo de mudança dos jovens, melhor percebido desde 1968.
Nossos alunos de hoje, pesquisados, declaram que a maior utilidade que encontram na escola é a formação de sua rede de relacionamentos. Vemos que são também atraídos pelo diploma que, de alguma forma, pensam, deve facilitar sua vida. De resto, franzem o nariz: “não quero seguir o caminho de meus pais, que não são felizes”. Como esses jovens receberão o bastão do revezamento social?
Nesse contexto, nós, professores, só poderíamos mesmo nos sentir pouco desejados, e, por isso, pouco ouvidos e respeitados como mestres. Esse panorama, claro, não é geral, há ressalvas. A primeira é de uma parcela (estima-se em 20%) de jovens com vocação para o aprendizado – os curiosos que procuram informações, de todo tipo. Outra exceção é a de alunos de universidades públicas, na qual entraram por meio de uma rigorosa seleção, e que por isso tendem a valorizar o aproveitamento das aulas. Algo parecido acontece em escolas muito procuradas, onde o ingresso também é difícil. Finalmente, também são mais interessados os que se sacrificam, trabalhando de dia e estudando à noite, e entendem a necessidade do conhecimento para sua carreira.
Entretanto, no geral, vemos que quando a maioria dos alunos está na escola para “cumprir tabela”, a contragosto, não se pode esperar boa disposição deles para com os professores. Eles fazem parte da “chatice da escola”. São uma extensão dos pais, que dizem uma coisa e fazem outra. Jamais pode ocorrer ao aluno, nessa condição, procurar estabelecer com o professor uma relação que não seja a obrigatória, pouco mais do que responder a chamada. Por isso, se houver possibilidade de mudança, esta precisa vir do professor. Só ele pode tomar a iniciativa de estabelecer uma relação diferente. Ou constrói uma ponte e a atravessa para chegar ao aluno, ou fica deste lado falando sozinho, também cumprindo sua tabela, dentro de um contexto perverso. Cabe ao professor tomar a iniciativa, ainda que ele, pessoalmente, nada tenha a ver com a culpa de sua geração que construiu uma sociedade problemática. Cabe a ele, portanto, também usar a criatividade como uma ferramenta para que suas aulas possam ser mais aproveitadas.
Colegas professores, claro, a criatividade não resolve os problemas do ensino brasileiro, mas pode se tornar a ferramenta para fazer a diferença no seu trabalho pessoal. Sempre há campo para nós, mestres, nos colocarmos muito além da “obrigação básica do programa”. Se nos posicionarmos assim, e também a favor dos alunos, nunca nos conformando de antemão com seu pouco interesse, e se adicionarmos a magia da criatividade ao planejar nossas aulas, aí sim, teremos feito a nossa parte. Concluímos lembrando que mudanças não são fáceis, mas muitas vezes são necessárias.

Texto do professor José Predebon, organizador e co-autor do livro Profissão Professor (Cia dos Livros).

Educação Financeira

A educação financeira: de casa para a escola

Desde agosto deste ano, 450 escolas públicas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e do Distrito Federal iniciaram aulas do projeto-piloto de educação financeira, que pretende chegar a mais de 200 mil instituições de ensino e combater o “analfabetismo financeiro” no País.
Com esse curso, os estudantes irão aprender mais sobre temas que interessam a todos, mas apavoram até mesmo os adultos pós-graduados, como orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos. Esse piloto vai envolver 15 mil estudantes do ensino médio nessa primeira etapa e será estendido às escolas do ensino fundamental no próximo ano. A partir de 2012, o programa didático deve ser aplicado nas 200 mil escolas da rede pública do País.
Uma vez que vivemos em uma sociedade com forte apelo consumista e sofisticadas estratégias de marketing, que nos bombardeiam constantemente, a escola e a família precisam ensinar fundamentos de responsabilidade financeira às crianças logo cedo, para evitar criar consumidores vorazes e irresponsáveis. Ocorre que a atual geração de pais demonstra dificuldade na orientação financeira de seus filhos, pois viveu o auge da hiperinflação no Brasil, período em que o ritmo de aumento de preços era frenético e a resposta a esse quadro era consumir tudo o que fosse possível o quanto antes; afinal, no dia seguinte, já custaria mais caro. Diante desse contexto, precisamos de um novo olhar sobre as relações de consumo e, sobretudo, criar estratégias de abordagem desse tema com nossos filhos. O autocontrole sobre as finanças deve ser praticado desde a infância, para que o jovem não chegue despreparado à fase adulta. Inevitavelmente, tem de haver planejamento, organização e disciplina, porque não existe mágica. Para alguns, isso pode soar como inatingível, mas essas habilidades no controle orçamentário podem ser conquistadas com ações simples e que estão ao alcance de todos.
Além das atividades em sala de aula, é importante que o assunto "dinheiro" seja conversado e discutido em família, sem tabus. Os limites do orçamento familiar precisam ficar claros e o envolvimento de todos é importante, assim como a definição de prioridades e dos grandes projetos familiares.
Um exercício prático é dar uma quantia fixa de dinheiro à criança, com uma periodicidade preestabelecida. O pequeno economista deve ser orientado sobre como administrar suas contas, incluindo hábitos como pesquisar preços – para entender o que é caro e barato – e poupar, definindo objetivos de curto e de longo prazo. Ele precisa ser responsável pelas escolhas que faz. Se, apesar das conversas, os filhos gastarem todo o dinheiro antes do prazo combinado e pedirem mais, os pais precisam ser firmes e dizer não.
Todavia, de nada adiantará o discurso se as crianças e adolescentes constatarem que seus pais consomem por impulso e sem planejamento. Dar o exemplo é uma das atitudes mais importantes, seguida pelo planejamento cuidadoso a respeito das estratégias para presentear os filhos, já que o excesso de mimos dificulta o entendimento prático das dificuldades que nossos filhos enfrentarão na vida adulta.

Texto de Marcus Mingoni, diretor de Operações da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.

A vida é tão rara..

domingo, 7 de novembro de 2010

Ética: é melhor prevenir que remediar

Para pais, filhos e educadores “trocarem ideias”

Nestas últimas décadas, nunca se falou tanto em ética. Ao abrirmos jornais e revistas, esta palavra se destaca com frequência. Fiz o “teste de São Tomé” extraindo algumas frases: “Ética: deputados pianistas voltam a atacar no Congresso” (Isto é, nº 1586). A lista seria interminável. As poucas frases citadas provocam em nós muitas indagações: ética em crise? Deputados se tornaram pianistas? Por quê?
A ética é daquelas coisas sobre as quais todo mundo fala, mas que falta tanto no dia a dia! Iremos fundo ao coração da ética, se nós, seres humanos (pais, filhos, educadores, cidadãos) nos perguntarmos: o que faço por mim? E pelos outros? Que sentido tem a minha vida? Respeito a mim mesmo? O que é o outro para mim? O que pretendo da vida? Perguntas que incidem no nosso conviver cotidiano e nos ajudam a pensar sobre as decisões que tomamos e nas ações que nos propomos levar em frente.
Vivemos dias marcados por tanta violência e desencontros. Faz-se necessária a retomada do diálogo que nos apresentam estes questionamentos, reservando-nos um tempo ao redor da mesa familiar ou do ambiente de trabalho para discutirmos questões que nos são pertinentes. Ainda mais se temos em nossos lares adolescentes.
Para que serve a ética? A ética é a “ciência do que o homem deve ser em função do que ele é” (Sertillanges). Diz respeito a tudo o que tem relação com a vida humana. Brota de dentro do ser humano e aponta horizontes para a sua realização. O seu princípio fundamental é “fazer o bem e evitar o mal”. A ética serve, portanto, para o homem ser um bom cidadão. Mas, como ser bom cidadão frente a tantas adversidades? Nossos adolescentes não estão à mercê da pressão social, da mass media (mídia de massa) e da publicidade? Os pais têm sido complacentes e tolerantes diante dessa situação?
Em face à poderosa pressão grupal, com o temor da exclusão de seus pares, os pais fazem a si mesmos essas indagações: O que eles nos dizem? O que nos solicitam? O que mais necessitam? Oferecemos-lhes suportes para fortalecerem a sua atitude crítica e cautelosa? Damos importância aos valores? Mas, o que entendemos por valor? Quais são os referenciais do nosso grupo familiar? O que é bom e o que é mal? Por quê? Os valores dos diferentes grupos familiares são coincidentes?
Importa educar as crianças e adolescentes para as qualidades morais, pois nessas fases costumam existir pouca percepção e escassa avaliação do risco. A ética serve para colocarmos perguntas adequadas. Por exemplo: os amigos dos nossos filhos lhes propõem condutas duvidosas que farão com que eles se perguntem: o que é mais importante para mim? Sou autônomo, tenho opinião própria? Eles querem ter reconhecimento diante dos amigos. Mas quais são os limites? É fundamental perguntarmos que valores nossos filhos consideram importantes?
A responsabilidade moral, a busca da felicidade, o discernimento entre o certo e o errado são princípios que remontam a Aristóteles, mas que nossos filhos devem ter condição de praticar o mais cedo possível, para assim se tornarem sustentáculos de uma sociedade saudável.
Para concluir, evoco Domenico De Masi, no livro Ócio Criativo: “(...) com a mudança dos valores, devem mudar também os métodos pedagógicos adequados à sua transmissão. Se para educar um jovem a lutar por dinheiro e poder adotava-se uma pedagogia que premiava o egoísmo, a hierarquia e a agressividade, para educar os jovens para os valores emergentes, os métodos a serem usados deverão valorizar mais o diálogo, a escuta, a solidariedade e a criatividade”.

Texto do professor Antonio Itamar da Silva enviado ao Jornal Virtual. O educador é pedagogo, mestre em Gerontologia e diretor do Centro Educacional Stella Maris, de Taguatinga (DF).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A pedagogia para além dos confrontos

   Este artigo escrito por Maria Amélia Santoro Franco e publicado no site Pedago Brasil - o futuro de planeta em suas mãos, é de extrema importância para nós pedagogos, pois ressalta a importância da Pedagogia  e sua real função.
   Coloquei aqui somente uma parte do texto. Para lê-lo na íntegra acesse o site:
   http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/apedagogiaparaalem.htm
(...)
"O que pode e deve ser a pedagogia hoje 

É preciso refletir sobre o que pode e deve ser a Pedagogia hoje : deve ser, por certo, a ciência que organiza ações, reflexões e pesquisas na direção das principais demandas educacionais brasileiras contemporâneas, com vistas à:
- qualificação da formação de docentes como um projeto político-emancipatório;
- organização do campo de conhecimento sobre a educação, na ótica do pedagógico;
- articulação científica da teoria educacional com prática educativa;
- transformação dos espaços potenciais educacionais em espaços educativos/formadores;
- qualificação do exercício da prática educativa na intencionalidade de diminuir práticas alienantes, injustas e excludentes encaminhando a sociedade para processos humanizatórios , formativos e emancipatórios.
Quando me refiro à formação do cientista educacional, estou me referindo à formação de um profissional :
- com capacidade de mediar um projeto político-educacional em consonância com os pressupostos da sociedade e as demandas presentes na práxis educativa;
- capacitado a ampliar a esfera do educativo dentro das possibilidades educacionais : que organize espaços e ações para pedagogizar o educacional latente na sociedade;
- capaz de organizar, supervisionar e avaliar processos institucionais de forma a transformar a prática educativa mecânica, alienada e técnica, em práxis educativa, comprometida social e politicamente;
- capaz de responsabilizar-se na organização e direção de projetos de formação inicial e contínua dos educadores da sociedade, docentes e não docentes;
- que transforme saberes da prática educativa em saberes pedagógicos, cientificizando o artesanal/intuitivo do fazer da prática em saberes pedagógicos;
- que organize processos de pesquisa de cunho formativo-emancipatório de forma a estruturar as inovações educativas pressentidas como necessárias, a partir das demandas emanadas da práxis;
- que atue como gestor/pesquisador/coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola: pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONGs; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas campanhas sociais educativas sobre violência, drogas, aids, dengue; que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto estudo, programas de educação à distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins;
- que na escola, seja o mediador de processos administrativos e pedagógicos, quer na gestão, supervisão, orientação, acompanhamento e avaliação de projeto político pedagógico da unidade escolar, bem como estabelecendo e articulando as vinculações da escola com a comunidade e sociedade.
- que seja o organizador privilegiado do campo de conhecimento da Pedagogia e interlocutor preferencial nas articulações e construções coletivas com ciências afins;
- profissional empenhado na busca de respostas à construção de práticas educativas inovadoras que cumpram seu papel social na humanização dos cidadãos;
- integrador dos demais espaços educativos com o espaço escolar na busca de uma nova lógica educacional capaz de reconduzir a representação de ensino como transmissão de informação para concepções que priorizem a articulação dialética entre ser, saber e construir novas configurações de existência;
- profissional enfim, envolvido com a construção da profissionalidade docente, na busca de condições políticas e institucionais favorecedoras de novas e significativas relações sociais desejadas pelo coletivo.
Como já me expressei, o curso de Pedagogia pode, mantendo a mesma denominação, ser um curso exclusivo de formação de docentes, e terá que enfrentar o desafio de absorver as diversas abrangências desta formação: docentes para toda a educação básica, docentes para adultos, docentes para educação à distância, entre algumas possibilidades.
Esse curso de Pedagogia, no entanto, poderia, à semelhança de um curso de engenharia[4], integrar diferentes especificidades, amarradas ao específico do pedagógico, qual seja a investigação da práxis, quer seja a práxis docente, ou a práxis escolar, ou a práxis pedagógica.
Assim poderemos considerar :
A Faculdade de Pedagogia poderia se estruturar em torno de diferentes cursos :
- Curso de Pedagogia Docente, para a formação do pedagogo docente, abrangendo prioritariamente a formação de docentes para educação infantil, educação fundamental e devendo em cursos paralelos formar docentes de áreas específicas de conteúdo;
- Curso de Pedagogia Escolar, que buscando superar a fragmentação imposta aos especialistas da educação, deveria formar o pedagogo escolar, com foco no sistema escolar, na escola, nos processos de planejamento e gestão das mesmas.
- Curso de Pedagogia Investigativa , que buscará formar o pedagogo stricto sensu, cientista educacional por excelência, com foco voltado à compreensão e cientificização das práticas educativas sociais, aí incluídas, prioritariamente, a prática docente e a escolar.
Os diferentes cursos dentro de uma mesma faculdade deverão manter processos de interformação, alimentando-se mutuamente, recriando-se e transformando-se mutuamente.
Essa é uma proposta, que procura caminhar para além dos confrontos e de forma coerente com a epistemologia da Pedagogia, tal qual a concebo, e que está mais detalhada em minha tese de doutorado, Franco (2001). Esta proposta também procura superar o confronto de excessos de conteúdos fragmentados em uma mesma formação.
Uma das convicções que tenho construído em mais de 25 anos de trabalho com os cursos de Pedagogia é a de que, se pretendemos bem formar o docente, que denomino agora de pedagogo docente, devo aprofundar essa formação, na especificidade do saber construir a práxis docente, com vistas a um profissional realmente compromissado, autônomo, pesquisador. Assim, esse curso não poderá ter outra intencionalidade, sob pena de superficializar essa intenção e descaracterizar a proposta inicial. Formar o pedagogo docente é uma tarefa muito complexa, que exige um curso todo, com pelo menos 3200 horas e quatro anos de integralização, com diferentes espaços e atividades pedagógicas se entrecruzando num processo de contínua e permanente autoformação.
O mesmo deve ser considerado na proposta de formar o pedagogo escolar e o pedagogo stricto-sensu.
Realço que o pedagogo escolar há que ter uma formação ampla, com foco voltado ao sistema escolar e não apenas às fragmentadas atividades de especialistas da educação conforme temos convivido há anos. Esse profissional deverá se aprofundar nas questões de planejamento e avaliação dos sistemas escolares, em consultorias de avaliação às escolas, em redirecionamento de perfis escolares, assim como nas funções de gestão e planejamento da nova e pretendida ecologia escolar. Considero essa formação tão complexa quanto a anterior, requerendo também o mesmo tempo mínimo de formação.
O pedagogo stricto-sensu, terá seus estudos mais voltados à questão da práxis pedagógica, como aqui a descrevo, será um pesquisador da realidade educativa, dos processos de inovação das práticas educativas, um intelectual mediador do projeto político educacional. Também um curso complexo que requer o mesmo mínimo de tempo de formação que os demais.
Outros modelos, novos cursos, novas propostas poderão surgir. Hoje vejo assim uma forma de revigorar a formação pedagógica abrangendo algumas de suas mais básicas especificidades e demonstrando que, apesar da descrença de muitos legisladores, o curso de pedagogia tem uma profunda e complexa especificidade. Seu conteúdo conceitual não pode ser tratado de forma apequenada ou superficial. Mas tem que ser enfrentado com o pensamento complexo, ousado e transformador. Nossa sociedade clama, espera e aguarda por dias melhores. Os pedagogos têm muito a fazer nesta direção, é preciso apenas tirar o pó de nossas reflexões e, ousadamente, reinventar nossa profissão" . (...)







Obrigada, Senhor!

Senhor, obrigada por estar conosco todos os dias nos dando um abraço carinhoso e protetor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Obrigada, Professor (a)!!

Celular: Inimigo ou aliado?

Experiências boas nós compartilhamos!


por: Marina Azaredo
                       Trecho de um dos vídeos produzidos pelos alunos

O celular tira a concentração dos alunos e atrapalha as aulas? Certamente a maioria dos professores diria que sim. Mas Lina Mendes, professora de Português do Colégio Ítaca, em São Paulo, resolveu transformar o celular num aliado. Ao trabalhar a questão do preconceito, ela pediu que os alunos fizessem vídeos sobre o tema utilizando as câmeras dos celulares. Em uma conversa por telefone hoje à tarde, Lina me contou um pouco dessa experiência:

“Sempre procurei aliar a tecnologia à Educação. Fiz mestrado nessa área e, desde que comecei a lecionar, uso ferramentas como blogs e podcasts. A minha experiência mais recente foi com vídeos. Além de Português, dou uma disciplina que se chama Panoramas, em que trabalho temas da atualidade que fazem os alunos refletirem. No segundo bimestre desse ano, abordei o preconceito e pedi que os alunos do 9º ano usassem a câmera do celular para fazer vídeos sobre o tema.
Eles fizeram trabalhos bem interessantes. Muitos fizeram entrevistas com pessoas que conheciam e que já tinham sofrido preconceito, outros produziram vídeos bem autorais. Eles puderam usar também trechos de vídeos que já estão disponíveis no YouTube.
Para editar, eles usaram o Windows MovieMaker, programa que já vem junto com o Windows. Como eles têm muita facilidade com a tecnologia, com poucas orientações aprenderam a usar o programa. A maioria fez o trabalho em casa, mas alguns preferiram usar o laboratório de informática da escola. No fim, criamos dois blogs para divulgar os trabalhos: o Preconceito – Panoramas e o Vídeos de Preconceito.
Foi uma experiência ótima e que certamente pretendo repetir. Os alunos se interessaram muito, pois eles se sentiram participando do processo. Continuo usando a lousa e o giz, mas é muito importante trazer o mundo do aluno para dentro da escola também.”

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gestão Escolar

PEDAGOGIA

Quem assume o fracasso escolar?

É obrigação do gestor escolar garantir que os estudantes aprendam. Será que ele conhece e desempenha essa tarefa com responsabilidade?


Foto: Getty Images
Foto: diretor de escola
(...)
A rotina de todo diretor é marcada pela variedade de atividades. Ao chegar à escola, o que ele planejou fazer naquele dia geralmente se perde em meio às emergências que surgem de todos os cantos. O telhado mal vedado, a falta de um professor, o acidente de um aluno, o recurso que não chegou. Tudo o obriga a reorganizar o plano de trabalho, sem poder adiar ou cancelar, é claro, as prestações de contas, as reuniões na Secretaria de Educação e a visita dos familiares dos alunos. Assim, as funções primordiais do cargo vão se perdendo e correm o risco de cair no esquecimento. Aliás, quais são elas mesmo?

Uma pesquisa feita pela Fundação Victor Civita (FVC), em parceria com o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), constatou que o dia a dia do gestor é mais marcado por essas tarefas do que pelo que seriam as três principais preocupações inerentes ao cargo:
  • dirigir a relação entre ensino e aprendizagem; 
  • orientar para o saber; 
  • gerenciar o conhecimento.
Se a escola é o lugar formal do conhecimento, onde se formam o trabalhador de amanhã, o leitor e o escritor competente e o indivíduo ético, nada mais óbvio que a instituição tenha de ser bem gerida em todos os aspectos para funcionar com êxito. Porém a falta de uma visão integrada entre o administrativo e o pedagógico leva os diretores a outro equívoco, também apontado no estudo: nenhum dos gestores entrevistados atribui a si próprio a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos. Há outros fatores que também espantam. Eles creditam a culpa pelos resultados ruins das escolas, no que diz respeito à aprendizagem, ao governo (48%), à comunidade (16%), aos professores (13%), aos alunos (9%) e até mesmo à escola (7%) - como se a instituição fosse um elemento independente de suas esferas constituintes.

Com isso, fica evidente que eles ainda desconhecem sua máxima obrigação e resumem sua atuação à burocracia. Mesmo que existam os coordenadores pedagógicos e as universidades e as Secretarias de Educação colaborem com o processo de formação em serviço dos docentes, a responsabilidade pelo desempenho insatisfatório dos alunos é do gestor. Durante as entrevistas da pesquisa, eles só assumem que a aprendizagem também os compete quando questionados diretamente sobre ela. Para que a direção da escola fosse citada (e ainda assim pouco responsabilizada) pelos entrevistados, foi preciso que os pesquisadores perguntassem a todos quem era mais responsável pelo aprendizado dos alunos. Assim, eles apontaram, em primeiro lugar, a comunidade (45%). Depois, os professores (42%), os alunos (29%) e só então a direção (26%) - esses e outros resultados são o tema da reportagem de capa da revista GESTÃO ESCOLAR de outubro/novembro. Os porcentuais indicam com clareza que os diretores acham que os alunos têm mais responsabilidade que eles se não aprendem. Assumem a tarefa, mas não o fracasso dela.

É como se o mundo da Educação vivesse o mesmo problema que recai sobre a seleção brasileira de futebol em época de Copa do Mundo. Todos se sentem técnicos e julgam ter as melhores estratégias para vencer um jogo. Mas ninguém se sente culpado quando a derrota ocorre e o problema fica no ar, sem autor. Por isso, o governo aparece na pesquisa como o primeiro responsável pelo fracasso: é uma estrutura impessoal, etérea, fluida, que funciona como se não tivesse sido eleita por ninguém.

O diretor não está sozinho nesse pensamento equivocado. Todos nós temos uma porção de responsabilidade. Ainda assim, é urgente o entendimento de que o gestor que não assume a tarefa de garantir a aprendizagem das crianças não compreende seu papel.

Fernando José de Almeida (gestao@abril.com.br) é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.

Educar para crescer




O site educar para crescer disponibiliza cartazes para você usar nas suas reuniões de pais, professores e alunos.
São cartazes bem interessantes. Aproveite acessando o site: www.educarparacrescer.abril.com.br





terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nunca abandone seus amigos...


Vi no Blog Professor Texto e me emocionei. Vejam e sintam...

"Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão." Provérbios 17:17

Criança, A Alma do Negócio



Excelente vídeo para refletir e reavaliar o comportamento.Do blog Professor Texto

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Parabéns, Professor(a)! II

Eu sou um professor.


Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.

Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade, a partir do nada no planalto brasileiro.

Os nomes daqueles que exerceram minha profissão, constituem uma galeria notável para a humanidade: Paulo Freire, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.

Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão sempre lembrados nas realizações dos que educaram.

Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos...

No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador, tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, substituto de pai e mãe...

Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir a minha voz. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.Eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial...

Sou o mais afortunado dos trabalhadores.Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.Um arquiteto sabe que se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade sua obra com certeza durará para sempre.

Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, a criatividade, a fé, o amor, o riso.

E assim tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos meus dias com futuro. Sou um professor... E agradeço a Deus por isso, todos os dias.

Felicidades pela passagem do DIA DO PROFESSOR.

(Texto de John Schlatter, adaptado por Guiomar de Mello)

sábado, 9 de outubro de 2010

A riqueza imensurável do “ser” criança


"É impressionante como o conviver com crianças nos leva muitas vezes a lembrar de quão belo é ser criança e de como elas se aventuram nas coisas e situações da vida com todo entusiasmo, sem medo de errar. Amam, choram, caem, sorriem, são amigas, brigam e fazem as pazes rapidamente, pois o ser criança implica em ser “livre” para demonstrar esses e tantos outros sentimentos e ações. Criança é criança e ponto!
Aqui no Instituto Canção Nova, a área da Fundação João Paulo II voltada à educação infantil, a valorização dessa fase é primordial e faz toda a diferença na formação do futuro adolescente, do jovem, do homem ou mulher. E essa preocupação nos ajuda a tocar em tudo o que ela exige. É uma fase de cuidados e descobertas, para cada criança e para cada educador. Quem trabalha com crianças lida com o “novo” e com o “desprender-se” todos os dias. Entender sentimentos e ações é simples. O desafio é amar e demonstrar esse amor. E muitas vezes nós, educadores, premidos pelas responsabilidades do dia a dia, nos distanciamos dessa pureza e decisão de amar.
A atividade educacional vai além do cotidiano escolar, estendendo-se a atividades nos finais de semana e inserindo o educador diretamente na vida e família de cada aluno. É uma missão envolvente, de grandes descobertas e de riqueza incalculável. Passam os anos, as turmas se renovam, mas o espírito de dedicação e de mútuo aprendizado é sempre o mesmo. O educador sempre ganha com as crianças a oportunidade de resgatar em si mesmo a “criança” que com o tempo acaba adormecida, impedindo o adulto de ser verdadeiro como os pequenos.
A atividade educacional vai além do cotidiano escolar, estendendo-se a atividades nos finais de semana e inserindo o educador diretamente na vida e família de cada aluno. É uma missão envolvente, de grandes descobertas e de riqueza incalculável. Passam os anos, as turmas se renovam, mas o espírito de dedicação e de mútuo aprendizado é sempre o mesmo. O educador sempre ganha com as crianças a oportunidade de resgatar em si mesmo a “criança” que com o tempo acaba adormecida, impedindo o adulto de ser verdadeiro como os pequenos.
Houve uma mulher em nossa sociedade que foi e é referência para o Brasil e o mundo no que diz respeito à busca do entender e respeitar a criança como um todo. E sempre sem olhar onde, como e a quem serviu. Bastava ser uma criança e lá estavam ela e aqueles que com ela acreditavam na ajuda real, afetiva e concreta aos pequeninos. Zilda Arns Neumann, arrancada de nosso convívio durante um terremoto no Haiti, é o nome dessa mulher. Como médica, ensinou a educadores e pais o respeito e o amor pelas crianças, vistas como “um todo” em formação. Isso fez e faz a diferença.
Comemoramos o Dia da Criança, mas precisamos comemorar diariamente o dom da vida de uma criança, que se traduz na sua liberdade e simplicidade. As crianças carregam a mais bela forma de amar e o ato de construí-las é um dos mais nobres gestos de amor. Portanto, quando formos comemorar ou pensar na criança, olhemos mais que brinquedos ou travessuras, olhemos o belo presente que é ter uma criança perto de nós. Amor, atenção, educação, saúde e respeito são bons presentes para esses pequenos que se tornarão grandes homens e grandes mulheres, a exemplo da nossa querida Zilda Arns. "

Texto de Shirleya Nunes de Santana, diretora do Instituto Canção Nova – Unidade 2 da Rede de Desenvolvimento Social da Canção Nova.

sábado, 25 de setembro de 2010

Influência dos pais

Será que os pais têm consciência do quanto influenciam os filhos na construção de sua identidade?

Esta, com certeza, é uma questão que requer muitas reflexões, se não para obtenção de respostas, ao menos para propiciar o debate entre família e escola. A construção de identidade da criança acontece a partir da qualidade da vida afetiva que será construída ao longo dos seus primeiros anos de vida, e, neste momento, a mediação da família é fundamental para que o filho desenvolva habilidades e para que possa, ao longo do seu desenvolvimento, ser mais competente em suas escolhas.
São inúmeras as influências para a formação de uma criança, por este motivo pais e escola devem caminhar juntos na tarefa de transmitir valores necessários para esta formação. No entanto, parece natural que os pais se ocupem disso, e é importante salientar que a escola também é corresponsável por esta orientação e formação, mas, nos últimos tempos, vem ampliando seu papel ao lidar com o resultado direto do que a família produz nos filhos. Como nos dia de hoje a criança permanece muito tempo na escola, o investimento em cada filho está cada vez maior, havendo, inclusive, uma inversão de valores, e a criança aprende desde cedo a ter seus desejos satisfeitos. Se a família ceder ao individualismo e cortar os vínculos estáveis com os filhos, ela produzirá cada vez mais egos inseguros.
A atitude dos pais na criação de seus filhos são aspectos que interferem, de forma positiva ou negativa, no seu desenvolvimento. Se a função da família é transmitir valores, afeto, segurança e proporcionar condições para o bom desenvolvimento e construção da autonomia da criança, é necessário que ela seja construtiva, pois a infância é direito de todos, e nesse sentido eles precisam de amparo, cuidados e educação.

Texto da pedagoga Claudia Roberta Monteiro Silva enviado ao Jornal Virtual. Claudia ainda é psicopedagoga institucional e clínica e mestranda em Ciências da Educação.

sábado, 18 de setembro de 2010

The T-Mobile Dance

Muito bom esse vídeo. Envolvente.

Fracassos Famosos

"Se você nunca fracassou, você nunca viveu."

Diário de Bordo

 “O primeiro objeto de leitura em sala de aula é o olhar do professor. O olhar pode afastar ou acolher. Há pessoas que quando olham você se sente acariciado. Mas há outros que, quando olham para você, você se sente agredido. Professor é alguém que conduz outro alguém a si mesmo”.  Bartolomeu Campos de Queirós

Olhares...

"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem.

O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre.

Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Sua missão seria partejar 'olhos vagabundos'...."
(Texto de Rubens Alves, clipado da Folha de S.Paulo, versão on line, publicado em 26/10/2004. Do Blog Professor Texto)
 

domingo, 12 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

3 dicas para uma classe mais participativa



Adelaide Marques

Algumas vezes, as aulas parecem se arrastar. Você tenta de tudo para conseguir a participação dos estudantes, mas nada. Uma das causas da apatia pode estar em seus alunos. Se eles não encontram nenhum ponto de contado entre si e com você e sua aula, se não sabem porque estão ali, bem, ninguém vai participar mesmo.

1 – Use o conhecimento dos alunos. Imagine-se, leitor, caindo no meio de um seminário sobre neurocirurgia. Ou sobre técnicas avançadas de construção de pontes. Ou treinamento de um time de rúgbi. Bem, muitos de seus alunos também se sentem assim. Não é seu conhecimento que importa, mas o que eles sabem sobre aquele assunto. Assim, ligue sua matéria com algo palpável. Pode ser uma maneira de melhorar a precisão do chute para ensinar física, gastos com roupas e comidas para lecionar matemática e os grupos étnicos da cidade para falar sobre história e geografia.

2 – Inclua uma meta. O que os alunos vão receber ao final daquela matéria? A resposta “passar de ano” não vale muito. Procure dar-lhes motivos práticos. Português, por exemplo, é uma das coisas mais úteis para uma banda de garagem fazer letras decentes. Matemática e física os ajudam a organizar melhor o dia a dia e a ganhar tempo.

3 – Participar não é brigar nem concordar. Mostre a eles, desde cedo, que podem ter opiniões diferentes entre si (e até divergir do professor) e se expressar sem cair nos ataques pessoais e brigas. Isso vai estimular o debate uma vez que alguns alunos pensam que devem engolir tudo o que o professor diz. Com isso, preferem não dizer o que pensam (pois estão pensando “errado”), e não participam. Estimule o debate civilizado.


Aulas significativas enriquecem.

The Piano - Amazing Short

Para ver e refletir...

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Aprendemos palavras para melhorar os olhos...

"A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria - que é a razão pela qual vivemos. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente. Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal. Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.


Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. Nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam. As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mensagem: Você é fruto de suas Escolhas!

Este vídeo pode ser usado para motivar reuniões pedagógicas. Com certeza trará ótimos resultados.


bbc-adventure.mp4

Um filme que compara o ato de mandar um filho para o primeiro dia na escola, com um astronauta que desbrava o espaço pela primeira vez: “Será que estamos mandando eles na direção certa?”.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pedagogia Vivencionista

 Estava fazendo uma pesquisa na internet quando comecei a ler sobre a PEDAGOGIA VIVENCIONISTA. Achei interessante o método de trabalho e a postura que o professor vivencionista precisa ter. Aqui vai uma parte do texto sobre o assunto:

"A escola como ela é hoje não motiva alunos, professores, diretores e nem mesmo pais. Ela segue um determinado modelo que não gera interesse pelo aprendizado e não incentiva inovações. As aulas são pré-planejadas, sem a participação do aluno e, muitas vezes, nem mesmo do professor. Com aulas assim, o resultado fica limitado. Para mudar esse desinteresse, devemos dar ao aluno a liberdade de escolha, através da qual se cria um interesse pelo aprendizado e, com isso, aprende-se mais e melhor. Tendo como base a liberdade de escolha e a busca pela felicidade, a Pedagogia Vivencionista desenvolveu-se para permitir que a vida entre em sala de aula por todos os meios possíveis. Conectando a escola ao mundo, ensinamos aos alunos através da vivencia real de problemas e empreendimentos reais. Estamos falando em dar liberdade para o aluno criar, e deixar que ele descubra o que deve aprender para atingir suas metas."

Para maior conhecimento sobre o assunto acesse: http://www.vivencionismo.com.br

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Trabalho do Pedagogo

Um pedagogo antes de tudo precisa ser persuasivo. Ele precisa conquistar os professores, fazê-los se sentirem confiantes, seguros e principalmente, satisfeitos para que possam trabalhar e desenvolver os projetos educacionais com vontade, envolvimento e responsabilidade.
Para que haja envolvimento é preciso que os professores trabalhem de forma democrática, sem coação, sem medo. É preciso que haja liberdade para ser criativo. É preciso que se trabalhe em equipe, delegando tarefas e dando ao professor suporte para que as ideias dele sejam valorizadas e aplicadas.
O que vemos hoje é a total desvalorização do trabalho do professor. Ele só dá aulas. E a capacitação? É necessário que o professor esteja sempre se atualizando e é muito bom quando isso acontece na própria escola.Mas para isso é preciso que, nós, pedagogos, planejemos com muito carinho esses momentos, e, lógico, para que o professor participe, o evento precisa ser antes de tudo estimulante, provocador, interessante. Nada de reuniões cansativas, sem dinâmicas, sem momentos de descontração. Planejar é o segredo, trazer novidades, trocar experiências, utilizar pequenos filmes, fazê-los interagir. No início tudo é difícil, mas o resultado é eficaz. Teremos um grupo integrado, querendo trabalhar, criando projetos...Não desistir, esta é a nossa missão de pedagogos, não desistir dos nossos professores, devemos sempre elogiar aqueles que estão, apesar de tudo, acreditando que a educação é a solução.